O PROJETO
O projeto "Reservas da Biosfera. Territórios Sustentáveis, Comunidades Resilientes" assenta na qualidade ambiental dos territórios das RB, em larga medida decorrente do empenho e trabalho realizado pelas entidades responsáveis.
Visa a valorização dos territórios, em estreita articulação com as comunidades, compreendendo os ativos patrimoniais e a promoção dos serviços de ecossistema, apostando no reforço de competências, assumindo uma estratégia de valorização e comunicação assertiva e inovadora, e adotando um modelo de governança exigente e colaborativo.
O projeto teve início em novembro de 2020 e tem uma duração de 30 meses. É financiado pelo EEA Grants 2014-2021, no âmbito do Programa "Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono" promovido pela Secretaria-Geral do Ambiente e Ação Climática.
AS RESERVAS DA BIOSFERA
As Reservas da Biosfera (RB) são territórios que se distinguem pela singularidade do seu património natural e cultural, visando a sua salvaguarda em harmonia com o bem-estar das comunidades residentes. Representam um modelo cada vez mais relevante no panorama global das estratégias de proteção, gestão e utilização dos recursos naturais e da biodiversidade.
A conservação dos valores naturais é hoje indissociável da presença humana e do desenvolvimento sustentável e prosperidade económica das populações, princípios que presidem à classificação e reconhecimento destas reservas.
COMPROMISSO
O modelo conceptual das RB será cada vez mais importante no quadro global das iniciativas de conservação, gestão e utilização sustentável do património natural, em particular pelo que revela da simbiose possível e desejável entre as melhores práticas de conservação dos valores naturais, a prosperidade económica e o bem-estar das comunidades, objetivos que subjazem à classificação e reconhecimento das Reservas da Biosfera em todo o mundo.
A distinção pela qualidade que estes territórios sinalizam, torna-os um ativo socioeconómico e ambiental fundamental quando se projeta um futuro sustentável, contemplando a incorporação de soluções de base natural para a mitigação e adaptação face aos riscos (e.g. alterações climáticas).
Este projeto visa promover a relevância e a visibilidade que o estatuto de Reservas da Biosfera justifica junto das entidades locais, regionais ou nacionais, e da própria sociedade, como instrumentos privilegiados de valorização e desenvolvimento dos territórios. Compreende ainda o fomento de dinâmicas colaborativas, em rede, entre as Reservas da Biosfera nacionais e as redes internacionais, com destaque para a IberoMAB, EuroMAB e AfriMAB.
PLANOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Os Planos de Desenvolvimento Sustentável (PDS) a desenvolver para cada reserva compreendem uma estratégia de diagnóstico, formação e execução conducente a resultados concretos e sustentáveis. Constituem instrumentos orientadores em cada reserva e entre as RB nacionais e as redes temáticas e geográficas internacionais.
Desenvolver-se-ão a partir do aprofundamento do conhecimento das RB, em especial a sua identidade sociocultural refletida nas suas memórias e os serviços dos ecossistemas, base de ações-piloto demonstrativas e prioritárias (adaptação, economia circular, soluções baseadas na natureza) e posterior disseminação.
Um sistema de indicadores e de monitorização robusto garantirá uma gestão flexível e adequada à evolução de fatores de risco e incertezas.
INFRAESTRUTURA DIGITAL
O projeto compreende uma infraestrutura digital, transversal às diversas áreas, incluindo um painel de apresentação de indicadores e a sua evolução, refletindo as múltiplas dimensões associadas às RB, fomentando dinâmicas colaborativas e inovadoras, a gestão individual e parcerias entre as RB, a promoção de atividades em setores chave como o turismo, conservação da natureza, empreendedorismo, economia local, investigação, ciência aberta, memória e identidade criação e produção cultural.
A infraestrutura suporta um programa de comunicação e sensibilização e envolvimento das comunidades e da sociedade em geral. Permitirá potenciar a capacitação e o conhecimento através de dinâmicas de ciência aberta e ciência cidadã, tornando mais operacional o desígnio de laboratório vivo de sustentabilidade.