Territórios sustentáveis, comunidades resilientes
Territórios comprometidos
com a valorização e conservação
dos ecossistemas
As Reservas da Biosfera são territórios comprometidos com a sustentabilidade, valorizam a conservação das paisagens e dos ecossistemas para o desenvolvimento social, económico, cultural e ecológico. Atuam como plataformas de investigação, monitorização, educação e sensibilização.
Representam um modelo singular e relevante no panorama global das estratégias de proteção, gestão e utilização dos recursos naturais e da biodiversidade.
A conservação dos valores naturais é hoje indissociável da presença humana e do desenvolvimento sustentável e prosperidade económica das populações, princípios que presidem à classificação e reconhecimento destas reservas.
Dois milhões de hectares de respeito, harmonia e bem-estar
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As 12 Reservas da Biosfera de Portugal representam 12% do território nacional, 26% das Áreas Protegidas e Classificadas. Em 2021 residiam nas Reservas 283 960 pessoas, 3% da população, refletindo uma perda cerca de 40% de residentes nos últimos 60 anos.
Das 25 800 aldeias existentes em Portugal, cerca de 1 800 (7%) situam-se nas Reservas da Biosfera. As Reservas concentram parte significativa dos patrimónios cultural e natural nacionais, compreendendo 79 (79,8%) dos 99 habitats de conservação obrigatória.
Cuidar das Reservas da Biosfera, valorizá-las, promovê-las significa cuidar de um quarto das áreas protegidas e classificadas de Portugal, constituindo uma contribuição inestimável para o compromisso com as Pessoas e o Planeta.
As Reservas adotam modelos de gestão e iniciativas que visam potenciar o investimento e a iniciativa privada, onde a conservação dos recursos naturais é determinante para o desenvolvimento.
Pretende-se que as Reservas da Biosfera da UNESCO atraiam a fixação de jovens, proporcionem valor acrescentando à economia, às relações sociais, à competitividade do território e a consolidação de um modelo de desenvolvimento sustentável.
1ª Reserva da Biosfera. A RB Paúl do Boquilobo, entre o Alentejo e o Centro, na zona de transição entre a Lezíria do Tejo e o Médio Tejo, foi a primeira área natural a receber esta classificação em Portugal.
Classificação da RB da ilha do Corvo, compreendendo o território da ilha mais pequena e setentrional do arquipélago dos Açores, incluindo uma zona marinha envolvente.
Aprovação da candidatura da RB da ilha Graciosa abrangendo, a área territorial da ilha e a zona marinha envolvente.
1ª Reserva da Biosfera Transfronteiriça. A RB Gerês-Xurés foi a primeira reserva transfronteiriça envolvendo Portugal classificada pela UNESCO, situando-se no Norte de Portugal, na transição entre o Minho e Trás-os-Montes e no Sudoeste da província Ourense na Galiza, Espanha.
Aprovação da RB da Ilha das Flores abarcando todo o território da ilha e área marinha envolvente, constituindo o ponto mais ocidental do continente europeu.
Classificação da RB das Berlengas compreendendo o arquipélago das Berlengas (Berlenga Grande, Estela e Farilhões-Forcado) e a cidade de Peniche.
Classificação da RB de Santana, na Ilha da Madeira, Região Autónoma da Madeira, integrando a área do município de Santana e a zona marinha associada.
Classificação da RB Transfronteiriça Meseta Ibérica. É a maior Reserva da Biosfera Transfronteiriça da Europa, situando-se em Trás-os- Montes (Terra Fria e Terra Quente) e nas Províncias de Zamora e Salamanca.
Classificação da RB Fajãs de São Jorge, compreendendo a área terrestre da ilha e a área marinha envolvente.
Classificação da Reserva Transfronteiriça Tejo/Tajo internacional.
Classificação da RB de Castro Verde, situada no Campo Branco alentejano.
A RB mais recente, da Ilha do Porto Santo, na Região Autónoma da Madeira inclui a superfície da ilha e a zona marinha envolvente.
Funções das Reservas
da Biosfera
A designação de uma área como Reserva da Biosfera obriga ao cumprimento de um conjunto de funções que consagram os princípios do Programa MAB da UNESCO, a saber:
- Conservação da biodiversidade e diversidade cultural;
- Desenvolvimento económico, sociocultural e ambiental sustentável;
- Apoio ao desenvolvimento através da investigação, monitorização, educação e formação.
Estas três funções são respeitadas/cumpridas nas três zonas principais das Reservas da Biosfera:
- Zonas núcleo – zonas prioritárias para a conservação da natureza, com objetivos de longo prazo definidos pela reserva. Integram normalmente zonas já identificadas no âmbito da Rede Natura 2000 e do sistema de Áreas Protegidas;
- Zonas tampão – zonas em torno das zonas núcleo, onde é possível realizar atividades compatíveis com a conservação dos valores naturais identificados pela reserva. A sua definição pode ser tecnicamente mais complexa dada a maior flexibilidade do quadro normativo;
- Zonas de transição – zonas que admitem atividade económica e práticas sustentáveis de gestão de recursos.
Geralmente, as funções de conservação associam-se a áreas classificadas já existentes, sem que isso altere o respetivo estatuto jurídico ou qualquer outro aspeto do seu quadro normativo.
Saiba qual o impacto das Reservas da Biosfera na sustentabilidade do Planeta
Conheça a configuração dos seus territórios, as pessoas que aí vivem e compõem as suas comunidades, a relevância dos seus patrimónios natural e cultural, a sua atividade económica. Veja como as Reservas contribuem para o bem-estar das Pessoas e do Planeta.